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Seis principais riscos de due diligence em investimentos ESG que você deve considerar

Seis riscos de due diligence em investimentos focados nos princípios de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) que devemos considerar. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos divulgou recentemente um alerta de risco dirigido a assessores de investimentos, empresas de assessoria financeira e fundos que oferecem serviços e produtos ESG. A Divisão de Análise da Comissão ressaltou as armadilhas potenciais de due diligence, identificou as melhores práticas para análise dos investimentos desse tipo e apresentou visões que podem auxiliar as empresas a reforçar suas práticas de compliance. Nós detalhamos os principais pontos do alerta de risco da Comissão. Mas, antes disso, vamos falar sobre o que significa investir em ESG.

O que significa investir em ESG?

“No fundo, investir em ESG significa influenciar mudanças positivas na sociedade ao ser um melhor investidor”, disse Hank Smith, Diretor de Estratégia de Investimentos da Haverfort Trust Company, à Forbes, no início do ano. Considerar fatores ESG nas decisões de investimento não apenas beneficia o meio ambiente e a sociedade, mas também as empresas e os investidores, que podem obter vantagens competitivas, atenuando riscos de compliance estratégicos, regulatórios, financeiros e reputacionais. Os três critérios essenciais para o investimento ESG são:

  • Ambiental: como as ações de uma empresa afetam o meio ambiente? Isso inclui questões de sustentabilidade em sua cadeia de suprimentos e a redução dos resíduos de carbono.
  • Social: Como uma empresa pode melhorar seu impacto social, dentro e fora de sua comunidade? Inclusão, igualdade de gênero, diversidade e práticas de contratação transparentes são fatores que devem ser levados em conta.
  • Corporativo: Como são tratadas as questões relacionadas à remuneração de executivos, diversidade de liderança e hierarquias internas pela empresa?

Principais desafios do acelerado mundo de investimentos ESG

A demanda global por serviços financeiros e produtos de investimento que incorporam os princípios ESG cresceu substancialmente nos últimos anos, tendo os fundos ESG superado diversas vezes as médias de mercado globais. Isso se deve, em parte, pelo aumento da pressão por parte de consumidores, clientes e investidores, exigindo que as empresas implementem estruturas ESG globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis das Nações Unidas (ODSs). Com um crescente interesse nas opções de investimentos ESG, a qualidade e a consistência das definições de investimento ESG estão sofrendo. O recente alerta de risco da Comissão de Valores Mobiliários destaca seis principais desafios para os investimentos ESG:

  1. Divulgações ESG inconsistentes: A Comissão de Valores Mobiliários testemunhou uma falta de adesão às estruturas globais de ESG, apesar das alegações feitas por fundos de investimento ou empresas de que eles estão comprometidos com tal. As práticas na gestão de carteiras de investimento muitas vezes diferiam das divulgações feitas aos clientes, levando a um aparente desempenho baixo das pontuações ESG, contrárias à expectativa do cliente.
  2. Monitoramento fraco das diretrizes, mandatos e restrições de investimentos relacionados ao ESG: Fraquezas substanciais foram percebidas em políticas e procedimentos que regem a implementação e o monitoramento de atividades de investimentos ESG. Os consultores muitas vezes não tinham acesso aos sistemas adequados para rastrear e atualizar as páginas de mídia adversa dos meios de comunicação de seus clientes.
  3. Declarações de investimento ESG sem fundamento e enganosas: Os materiais de marketing que descrevem riscos, retorno e métrica de correlação relacionados ao investimento ESG sem fundamentação estão presentes em uma série de contextos.
  4. Mecanismos de controle inadequados para práticas relacionadas a ESG: Inconsistências entre as práticas reais e as divulgadas em materiais de marketing associados à ESG foram atribuídas à fraqueza nos mecanismos de controle. A falta generalizada de adesão às estruturas de ESG globais, apesar das afirmações contrárias, e a falha em atualizar materiais de marketing em áreas focada em ESG são dois dos principais problemas dos mecanismos de controle interno
  5. Falha nos programas de compliance para tratar questões ESG relevantes: A Comissão de Valores Mobiliários testemunhou vários casos e que empresas substancialmente envolvidas em investimentos ESG foram incapazes de apresentar um processo de compliance e de tomada de decisões sólido e robusto. Enquanto uma empresa dizia trabalhar de acordo com as estruturas ESG, seus programas de compliance não refletiam essa afirmação.
  6. Conhecimento limitado de análise de investimentos ESG: Por fim, foi observada uma falta generalizada de conhecimento. Funcionários em funções importantes não possuíam os conhecimentos necessários das análises de investimento voltados à ESG. Embora geralmente em vigor, os processos de due diligence e compliance pareciam sofrer de falta de eficiência em função da limitada compreensão interna das questões de investimento relacionadas ao ESG.

Esses seis principais riscos para investimentos ESG deixam algo explícito: due diligence é essencial. Em meio a crescente importância dos princípios ESG para as instituições financeiras, investidores e consumidores, as empresas precisam definir bem os processos de compliance e due diligence a fim de identificar possíveis riscos e, mais importante, verificar se as reivindicações ESG são refletidas com precisão nas ações e decisões de investimento de uma empresa. A questão é: como uma empresa pode minimizar esses riscos? A resposta é tão simples como óbvia: ela precisa acessar os dados corretos.

Como dados aprimorados podem apoiar decisões sólidas de investimento ESG?

O alerta de risco da Comissão deveria ser uma advertência para as empresas que continuam a se envolver com questões ESG de forma inconsistente ou pouco transparente, já que isso pode resultar em vários problemas de conformidade. Deve também encorajar as empresas que procuram investir em ESG a buscar, em primeiro lugar, fontes de informação, incluindo dados legais e notícias, para avaliar a capacidade da empresa ou do fundo em promover os fatores ESG. O acesso a mídia adversa pode ajudar a minimizar os riscos potenciais, tais como:

  • Risco regulatório: a ineficiência em adotar mecanismos de controle adequados para analisar a autenticidade dos investimentos ESG pode ter graves consequências no âmbito regulatório, especialmente devido à tendência global de uma maior pressão regulatória para combater crimes financeiros e outras práticas ilícitas.
  • Risco reputacional: enganar clientes e potenciais investidores com relação a ofertas relacionadas a ESG pode ter um impacto negativo na reputação de uma empresa, mesmo que se trate apenas de negócios de terceiros.
  • Risco financeiro: a validade insuficiente dos esforços ESG não apenas leva a multas potenciais por conduta inadequada na esfera regulatória, mas também pode significar que uma empresa perde oportunidades importantes de investimento em ESG.
  • Risco estratégico: ignorar as armadilhas potenciais de compliance relacionadas a ESG pode ter um efeito devastador nos objetivos estratégicos de longo prazo de uma empresa e, provavelmente, impedir o crescimento sustentável.

Moral da história: ferramentas de >monitoramento de risco que utilizam dados aprimorados podem dar o respaldo para que uma empresa identifique os riscos potenciais de conformidade. Mas com a implementação de um processo de due diligence robusto e eficaz, a empresa pode minimizar os riscos regulatórios, financeiros, estratégicos e reputacionais associados com investimentos ESG.

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